terça-feira, 7 de junho de 2011

Caso Odebrecht: segue disputa empresarial entre as duas famílias majoritárias


A disputa judicial entre as famílias Gradin e Odebrecht segue em andamento. Ontem, a juíza responsável pelo caso, Maria de Lourdes Oliveira Araujo, negou o pedido de suspeição apresentado pela Kieppe, holding da família Odebrecht.

Conforme noticia o jornal “O Estado de S. Paulo”, o pedido apresentado considera que existem agravos de instrumento que poderiam alterar o desenvolvimento do caso. Além disso, a família majoritária do grupo alega que a juíza estaria com a “subjetividade comprometida”. A audiência, marcada para 14 de julho, provavelmente será adiada devido à análise do Tribunal de Justiça.

Para entender melhor o debate entre as família, é preciso conhecer a história de 40 anos e três gerações que envolve a companhia. A Odebrecht foi fundada por Norberto Odebrecht (esquerda), em 1944. As duas famílias se uniram em 1973/74, quando Victor Gradin (direita) foi convidado para trabalhar na empresa com uma participação de 10% dos resultados. Em 2000, um fechamento de capital fez com que a participação dos Gradin subisse para 20%.

Ao decorrer desses anos, Norberto e Victor saíram da empresa e a gestão ficou nas mãos de seus filhos. Agora, Marcelo Odebrecht, Bernardo e Miguel Grandin são os protagonistas dessa disputa.

Enquanto a família Odebrecht deseja comprar os 20% que lhe falta, os Gradin não têm interesse em vendê-los. O Acordo de Acionistas não foi suficiente para conciliar os interesses e o caso foi levado à justiça.


A Exame.com explica mais sobre o pedido dos Odebrecht em: http://exame.abril.com.br/negocios/empresas/noticias/juiza-do-caso-odebrecht-ignorou-pedidos-da-empresa-contra-os-gradin

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