A maior fabricante de lápis do mundo, a empresa Faber-Castell, comemora seu aniversário de 250 anos em 2011. No entanto, conforme divulgou hoje o jornal O Estado de S. Paulo, a data não está sendo bem celebrada na filial brasileira, subsidiária mais importante e que apresenta o maior crescimento da rede alemã.
O motivo envolve uma disputa judicial entre o conde Anton Wolfgangvon Faber-Castell, controlador da fábrica, e quatro famílias brasileiras que possuem ações da empresa. Segundo esses acionistas, o conde viola os direitos dos minoritários e administra a companhia de forma pouco transparente.
O último impasse ocorrido foi a criação do Conselho Fiscal na empresa, no qual os brasileiros não foram incluídos. A ação contra o conde Castell é baseada na Lei das S/A, que define o direito dos acionistas com mais de 10% de participação em eleger um membro para o conselho. No caso da fábrica, os minoritários possuem 30% da companhia.
Segundo fontes ligadas à Faber-Castell, a atitude representa a pressão exercida pelos acionistas minoritários para que o conde Castell compre suas ações na empresa. O Acordo de Acionistas firmado - e que não será renovado em 2012, conforme já afirmou o controlador – prevê que em caso de conflitos de sócios, um pode vender sua parte ao outro por valores acima do mercado.
A filial brasileira, A.W.Faber-Castell S/A, declarou que “a gestão da companhia sempre foi e é exercida na mais absoluta transparência, tendo todos os acionistas acesso amplo e irrestrito a todas as informações e documentos, que foram, são e serão sempre fornecidos devidamente”.
A Faber-Castell é uma empresa familiar que surgiu em 1761 e, hoje, se encontra na oitava geração. Ainda localizada em Stein, na Alemanha, a empresa que sobrevive às novas tecnologias sempre inova seus produtos. Seus lápis são adaptados para melhor utilização e estão de acordo com o meio ambiente.
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