sexta-feira, 8 de julho de 2011

Reação de Casino faz BNDES ver com "ceticismo" a fusão Pão de Açúcar e Carrefour


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDS) passou a ver com mais “ceticismo” a fusão entre Pão de Açúcar e Carrefour, publicou hoje o jornal O Estado de S. Paulo. Segundo a matéria, a reação do grupo Casino, sócio de Abilio DIniz, foi o que fez com que o BNDS questionasse a possibilidade de negócio.

O banco já havia declarado que não iria participar da operação – com um aporte de até R$ 4,5 bilhões - enquanto Abilio e Jean-Charles Naouri, presidente do Casino, não entrassem em acordo. Segundo uma fonte entrevistada pelo jornal, o BNDES espera que os sócios encontrem uma solução o mais rápido possível.

Sobre o fato de a maior varejista do país ficar sobre o controle de um grupo francês, a fonte declarou que “para fornecedores, para a indústria brasileira e para a economia, em última instância, é ruim a mudança de controle. Mas isso é uma disputa legal e o banco não tomará partido”.

Mesmo assim, o BNDES receia que, sob controle do Casino, o Pão de Açúcar transforme-se em uma plataforma de importação. De acordo com a fonte, a conversa de Naouri com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, gerou frustração em relação à manutenção da política de apoio aos fornecedores nacionais que fazem a linha dos produtos próprios do Pão de Açúcar. O fato de o grupo nunca ter enviado representantes ao Brasil para expor seus planejamentos também gerou mais afastamento por parte do banco.

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