A BRF – Brasil Foods, empresa que surgiu da fusão entre Sadia e Perdigão, apresentou uma nova proposta para ser aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Segundo o acordo, duas medidas deverão ser tomadas: a venda de um percentual entre 40% e 50% da produção e a suspensão temporária da marca Perdigão.
No último sábado (9), o jornal O Estado de S. Paulo publicou matérias explicando o assunto. De acordo com a Procuradoria do Cade, a participação da Brasil Foods seria de 70% em pizzas prontas, 80% em hambúrgueres e empanados de frango, 90% em lasanhas, e 70% em presuntos. A venda de algumas linhas faria com que essa concentração fosse diluída. Entre as empresas da rede que seriam vendidas estão Batavo, Resende, Wilson, Escolha Saudável e Confiança.
Também foi proposta a suspensão da marca Perdigão por um prazo máximo de cinco anos. No entanto, para o conselheiro Carlos Ragazzo e para a Procuradoria do Cade, uma suspensão não é suficiente, pois, posteriormente, a marca poderia voltar ao mercado.
Caso a suspensão seja aprovada, deverão ser impostas medidas para que a empresa não lance outra linha e substitua a Perdigão, mantendo o controle do setor. Em 1966, o órgão também exigiu que a Colgate suspendesse a Kolynos. Foi lançada a Sorriso e a grande adaptação desta ao mercado fez com que a empresa nem voltasse ao nome anterior, exemplificou o jornal.
As duas empresas se uniram depois que a Sadia passou por uma crise financeira em 2008, quando apresentou um prejuízo de R$ 2,5 bilhões. A empresa familiar apostava na baixa do dólar, e não conseguiu se manter estabilizada com a ação contrária da bolsa. Desde a venda, a BRF - Brasil Foods tenta conseguir a aprovação do Cade para concretizar a fusão.
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