Na véspera da reunião do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) com a BRF – Brasil Foods, um acordo para a aprovação da fusão Sadia e Perdigão está quase pronto. A notícia, divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo, não era esperada após tantas sessões adiadas e a proposta recusada.
Para conseguir a aprovação do Cade, a BRF - Brasil Foods se propôs a suspender temporariamente a marca Perdigão e vender uma porcentagem dos ativos da empresa ativos, a fim de diminuir a concentração do mercado.
Alguns ponto da proposta - como o período de tempo pelo qual a Perdigão deverá ficar suspensa e qual meio o Cade usará para impedir que a empresa não lance outra marca, mantendo sua posição - estão sendo revisados até a sessão de amanhã.
As medidas representam um avanço para o acordo, já que, no início, a BRF – Brasil Foods não se propunha a vender nenhuma parte da empresa. O voto negativo do conselheiro Carlos Ragazzo, afirmando ser inviável a primeira proposta, fez com que a empresa buscasse ações mais abrangentes para a fusão ser aprovada.
Amanhã, Ragazzo, o único a ter votado até o momento, poderá ratificar o acordo ou manter sua posição.
As duas empresas se uniram depois que a Sadia passou por uma crise financeira em 2008, quando apresentou um prejuízo de R$ 2,5 bilhões. A empresa familiar apostava na baixa do dólar, e não conseguiu se manter estabilizada com a ação contrária da bolsa.
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