quinta-feira, 14 de julho de 2011

Cade aprova fusão entre Sadia e Perdigão


O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou ontem a fusão entre Sadia e Perdigão, que resultam na companhia BRF – Brasil Foods. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, a marca irá ficar com 87% do faturamento total e 78% das vendas do mercado interno. A aprovação fez com que as ações da companhia subissem 9,77%.

A proposta feita pela BRF – Brasil Foods, e aceita por quatro dos cinco conselheiros do Cade, possui medidas que evitam a concentração de mercado. A Perdigão será suspendida em alguns produtos - como presuntos, linguiças, salames, lasanhas e pizzas congeladas – por um período de três a cinco anos. A Batavo também está suspensa por quatro anos.

Além disso, a empresa precisará vender 12 marcas menores, dez fábricas, oito centros de distribuição, quatro abatedouros, quatro fábricas de ração, 12 granjas de matrizes de frangos e dois incubatórios de aves.

Para o Cade, o essencial seria que houvesse um único comprador, a fim de fazer frente à marca no mercado. No entanto, não há especificações para isso. “Depende do comprador. Pode ser que tenha interesse em 90%, mas não no todo”, explicou o presidente da BRF – Brasil Foods, José Antonio do Prado Fay.

Fay também afirmou que vai vender o pacote para “quem pagar mais”, seja um investidor nacional ou não. “Não tenho preferência. Se for uma estrangeira que pagar mais, nós venderemos”, disse.

Alguns órgãos de defesa do consumidor criticaram a aprovação do Cade. Eles temem que o poder de escolha seja limitado e que haja uma elevação dos preços, já que a quantidade de concorrentes para disputarem o mercado é pequena.

O relator Carlos Ragazzo, o único que votou contra a fusão, também acredita que a suspensão da Perdigão não será suficiente. “Pode ou não dar certo. Apenas saberemos isso daqui a cinco anos”, afirmou.

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