sexta-feira, 1 de julho de 2011

Continua o desentendimento entre Pão de Açúcar e Casino


Enquanto o grupo Pão de Açúcar recebe alguns incentivos para sua fusão com o Carrefour, o grupo francês Casino procura formas de se tornar mais presente na companhia brasileira, mostrando que não pretende perder nem diminuir sua participação.

O Casino comprou ações do Pão de Açúcar, aumentando sua porcentagem de 37% para 43%. Além disso, na noite da última quarta-feira, a Éxito, rede colombiana controlada pelo grupo francês, anunciou que irá abrir seu capital. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o saldo gerado com a operação, que pretende levantar US$ 1,4 bilhão, poderá ser usado em uma proposta de compra da parte de Abilio Diniz no GPA.

O caderno de Economia & Negócios de hoje também traz um conjunto de matérias que abordam o conflito existente entre Abilio Diniz e Jean-Charles Naouri, presidente do grupo Casino.

Conforme noticia o jornal, o defensor de Abilio, o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, afirmou ontem que “Abilio não transgrediu nenhum marco contratual, legal ou ético. O que ele fez foi prospectar bons negócios. Ele está agindo democraticamente”. A declaração seria uma resposta ao também ex-ministro da Justiça José Carlos Dias, contratado pelo Casino, que havia classificado a atitude de Abilio e do BNDS como um “golpe de Estado corporativo”.

No mesmo caderno, Olavo Chinaglia, conselheiro do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), afirma que os órgãos do governo favoráveis à fusão não possuem argumentos válidos. “O argumento de campeão nacional parece-me que nem sequer é aplicável, pois o principal acionista do pão de Açúcar não é brasileiro”, diz.

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