Conforme noticia hoje o jornal Valor Econômico, o conselho de administração francês do Carrefour aprovou a fusão da parte brasileira da empresa com o grupo Pão de Açúcar. A decisão passa a depender da aprovação do grupo Casino, principal sócio de Abilio Diniz.
O desentendimento entre os sócios do Grupo Pão de Açúcar, no entanto, continua grande. Segundo a notícia, nem Abilio acredita que possa haver um acordo.
O Estado de S. Paulo publicou, neste domingo, uma entrevista feita com Abilio Diniz, relatando sua versão na polêmica. O empresário afirmou que tem vários pareceres jurídicos de que sua conduta está respaldada pelo acordo de acionistas. Além disso, ele disse que tem estudado uma fusão com o Carrefour há dois anos, e que o sócio francês estava ciente de toda situação.
Hoje, o mesmo jornal explica como foi o desenvolvimento de toda a história. Em 2005, Abilio Diniz e Jean-Charles Naouri assinaram um acordo que determina a divisão do comando da empresa até junho do próximo ano. Após isso, o Casino ficaria com a maior parte das ações, tonando-se o majoritário do Pão de Açúcar.
Na época, a necessidade de ajuda financeira fez com que Abilio aceitasse a proposta, mas, assim que conseguiu se reerguer, o empresário começou a buscar meios de não perder o controle de sua empresa.
Uma fonte próxima ao Casino declarou, no Estado, que “não faria sentido abrir mão do controle do Pão de Açúcar, que é o objetivo do Casino desde que começou a negociar pela primeira vez, 12 anos atrás”.
A fusão com o Carrefour representa, então, outro meio de Abilio manter o controle da empresa. Com a junção, a participação do Casino seria diluída e Abilio permaneceria majoritário no Pão de Açúcar.
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