Além das dificuldades encontradas no mercado, todas as empresas precisam lidar com os conflitos que ocorrem dentro de suas próprias organizações. A falta de transparência e de equidade entre os sócios são alguns dos principais fatores que causam problemas na administração de um empreendimento.
Para solucionar essa situação, muitas empresas optam por adotar a Governança Corporativa, um instrumento utilizado para dirigir e monitorar a gestão, visando aumentar o valor da sociedade, facilitar seu acesso ao capital e contribuir para sua perenidade.
As práticas da Governança Corporativa também minimizam as questões internas da companhia, pois se baseia em princípios de transparência, equidade e prestação de contas. Dessa forma, é transmitida uma maior credibilidade e uma boa imagem aos clientes. Essas características também permitem a consolidação da marca no mercado, deixando-a mais propensa a oportunidades.
Além da Governança Corporativa, é possível atestar as boas práticas do Conselho de Administração. Para isso, a DS Consultoria e a Fundação Vanzolini desenvolveram o BPCA (Boas Práticas do Conselho de Administração), um conjunto de normas de conduta com o objetivo de melhorar a gestão empresarial. As organizações que possuem esta certificação são vistas com alto grau de credibilidade e apresentam uma posição mais sustentável.
Em entrevista, o consultor e sócio-diretor da DS Consultoria, Domingos Ricca, explicou a importância da implantação desse sistema. “O diferencial é que a empresa terá em mãos um documento que comprove sua boa conduta. Isso faz com que ela se destaque das concorrentes”, declarou.
O Manual do BPCA disponibiliza os requisitos necessários para que se possa adotar e aplicar as Boas Práticas do Conselho de Administração. As normas contidas no manual referem-se ao comportamento do Conselho; ao desenvolvimento sustentável da organização (sem que comprometa as futuras gerações); e à transparência nas decisões e atividades realizadas.
Segundo o diretor de certificação da Fundação Vanzolini, José Joaquim do Amaral, o processo de certificação é feito por meio de auditoria. “Uma equipe altamente qualificada avalia se as regras contidas no manual estão sendo obedecidas e se os princípios estão sendo seguidos”, explicou. “Se for comprovada a aptidão desta empresa, nós emitimos o certificado”.
A adoção das normas do BPCA permite que a companhia desenvolva-se e aprimore alguns de seus aspectos internos, como Conselho de Administração, planejamentos, projetos estratégicos, sucessão e acordos entre sócios ou cotistas. Essas alterações tornam a empresa mais propensa à perpetuação dos negócios.
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